RECIPIENTE BIODEGRADÁVEL PARA O AUXÍLIO NO MANEJO E PLANTIO DE MUDAS DE CAJU NA SERRA DO MEL/RN

Resumo:

A castanha de caju é um fruto produzido no Brasil e é muito consumido no país. É usada para diversas finalidades, com ingredientes na confecção de doces e brinquedos sucos entre outros. A cada ano milhares e milhares dessas mudas são plantadas por regiões do país, utilizando-se de sacos plásticos próprios para plantio durante esse serviço. Sendo assim surge a dúvida sobre a possibilidade de criar um recipiente biodegradável para o plantio de mudas de caju, capaz de substituir os convencionais e se teriam alguma influência no crescimento da planta. Utilizando um plástico biodegradável resistente ao impacto, visamos aumentar a produção da castanha de caju estimulando a produção do fruto para consumo comestível. Além disso, o recipiente biodegradável reduz os impactos ambientais provocados pelo uso dos sacos de cultivo padrões. Como resultado deste projeto foi criado o molde usando materiais biodegradáveis e de fácil acesso.

Palavras-chave:

Recipiente Biodegradável. Manejo de Mudas. Plantio de Caju (Anacardium occidentale).

Justificativa:

A produção de caju é uma atividade agrícola significativa na Serra do Mel, RN, contribuindo para a economia local e a subsistência de muitas famílias. No entanto, a prática atual de utilizar sacos plásticos convencionais para o plantio de mudas de caju apresenta sérios desafios ambientais. Esses sacos, feitos de polietileno, são resistentes à decomposição e, quando descartados inadequadamente, contribuem para a poluição do solo e dos corpos hídricos. A crescente conscientização sobre a sustentabilidade e a necessidade de práticas agrícolas mais responsáveis impulsionam a busca por alternativas que minimizem os impactos ambientais. Recipientes biodegradáveis feitos a partir de materiais naturais, como fécula de mandioca e fibras de coco verde, oferecem uma solução promissora. Esses materiais não só se decompõem naturalmente, reduzindo o acúmulo de resíduos plásticos, mas também podem melhorar a qualidade do solo ao fornecer nutrientes adicionais durante sua decomposição.

Objetivo Geral:

Este estudo buscou investigar se o uso de recipientes biodegradáveis beneficia o crescimento e desenvolvimento de pequenas mudas de caju, comparado com recipientes não biodegradáveis, visando identificar práticas mais sustentáveis e eficazes para a jardinagem e cultivo de plantas. Além disso, o estudo busca destacar a importância dessa prática para a cidade de Serra do Mel, que possui uma vasta produção de cajueiros. Utilizar recipientes biodegradáveis para o plantio de mudas de caju pode proporcionar um desenvolvimento mais eficiente e saudável das plantas, contribuindo para o fortalecimento da agricultura local e promovendo práticas mais sustentáveis.

Objetivo Específico:

1. Criar recipientes biodegradáveis utilizando fécula de mandioca e fibras de coco verde, adicionando vinagre e glicerina como agentes plastificantes e estabilizadores. 2.Testar a resistência mecânica e a capacidade hidrofílica dos recipientes biodegradáveis comparados aos recipientes convencionais de plástico. 3. Monitorar e comparar o crescimento e desenvolvimento de mudas de caju plantadas em recipientes biodegradáveis e não biodegradáveis. 4. Avaliar a decomposição dos recipientes biodegradáveis no solo e seu impacto na qualidade do solo e nutrição das plantas. 5. Investigar como o uso de recipientes biodegradáveis pode beneficiar a produção de cajueiros na Serra do Mel, contribuindo para práticas agrícolas mais sustentáveis. 6.Identificar e promover práticas de jardinagem e cultivo de plantas que reduzam o impacto ambiental e melhorem a eficiência do plantio.

Questões Norteadoras:

De que maneira o desenvolvimento e uso de recipientes biodegradáveis podem promover um crescimento mais saudável das mudas de caju, fornecendo nutrientes adicionais e facilitando a transição para o ambiente externo, em comparação com recipientes tradicionais?

Hipótese:

O uso de recipientes biodegradáveis para o plantio de pequenas mudas de caju pode promover um desenvolvimento mais saudável das plantas, uma vez que a decomposição do recipiente no solo fornece nutrientes adicionais e facilita a transição da muda para o ambiente externo.

Metodologia:

O projeto de desenvolvimento de recipientes biodegradáveis para o plantio de mudas foi motivado pela observação da grande quantidade de sacos plásticos descartados de forma inadequada após o plantio de cajueiros (Anacardium occidentale). Esses sacos, frequentemente compostos de polietileno, são notoriamente resistentes à decomposição, contribuindo para a poluição ambiental quando deixados no campo ou transportados pela água da chuva para corpos hídricos. De acordo com Pavani et al. (2023), o manejo inadequado de resíduos plásticos é uma das principais questões ambientais globais. Para abordar esse problema de maneira sustentável, optamos pelo uso de fibras de casca de coco verde (Cocos nucifera), um subproduto comum do consumo de água de coco que, quando descartado, leva de oito a doze anos para se decompor (PAVANI et al., 2023; SILVA et al., 2023). Este material é frequentemente abandonado em aterros e lixões, agravando o problema de resíduos sólidos. Nossa pesquisa focou na formulação de um bioplástico utilizando fécula de mandioca como base. A fécula, extraída da raiz de mandioca (Manihot esculenta), é uma biomassa de rápida decomposição e acessível. Além da fécula e das fibras de coco, incorporamos vinagre e glicerina como agentes plastificantes e estabilizadores, facilitando a formação de um material maleável e durável. A produção do bioplástico envolveu o aquecimento da mistura dos ingredientes, que foi então vertida em moldes improvisados feitos de garrafas PET e outros recipientes reutilizados.

Referências:

PAVANI, C.; SEMINATTI, G.; NASCIMENTO, T. V.; JIMENEZ, R. R.; GONÇALVES, L.C.S. Modismo ou não, é uma solução: desenvolvimento de saco de plantio de mudas (Balainho) a partir de resíduos alimentares como proposta de ensino. Revista brasileira de educação ambiental, São Paulo, v.18, n.5, p. 210- 227, 2023. SILVA, B. A.; MELO, E.H. S.; FERREIRA, G. M; NASCIMENTO, H.M. Produção de bioplástico de amido e avaliação do reforço com fibra de coco verde. 2023. Trabalho de Conclusão de Curso (Curso Técnico em Química) – Etec Júlio de Mesquita, Santo André, 2023.

Documento:

Poster:

Apresentação: